Arquivo Jurídico
Revista Jurídica Eletrônica da UFPI
ISSN 2317-918X
Demanda psicológica, controle sobre o trabalho e apoio social: estudo com trabalhadores do setor judiciário
Ridson Lucas Melo Almeida
Resumo
Acadêmico do curso de Medicina da Universidade Federal da Bahia UFBA – Salvador-BA, Brasil. Ingressante no semestre de 2014.2. Membro do Grupo de Pesquisa em Hipertensão Arterial Sistêmica da UFBA, sob orientação da Professora Dra. Rita de Cássia Pereira Fernandes. Autor convidado. Email: melolucas83@gmail.com
Introdução: Estressores psicossociais podem contribuir para o desenvolvimento de doenças, de ordem psíquica ou física. Objetivos: Descrever aspectos psicossociais em um serviço judiciário e apresentá-los de acordo com ocupação. Método: Foram utilizados dados de inquérito em um Tribunal do Judiciário, na Bahia. O Modelo Demanda-Controle, acrescido do apoio social, foi utilizado para avaliar aspectos psicossociais do trabalho, descritos separadamente e em combinação nos quadrantes previstos no Modelo-DC. A população de estudo constou de 404 indivíduos selecionados aleatoriamente. Resultados: Embora haja alta demanda psicológica no trabalho dos magistrados, o alto controle sobre seu trabalho favorece sua condição laboral, caracterizado como trabalho ativo. Ao contrário, técnicos judiciários estão submetidos a maior proporção de trabalho de alta exigência; e trabalhadores de serviços gerais além de terem alta exigência, contam com menor apoio social. Conclusão: Os resultados indicam a necessidade de medidas preventivas dos estressores e ampliação do apoio social no trabalho.
Palavras-chave
Estresse Psicológico. Poder Judiciário. Apoio Social. Estresse ocupacional.
Resumo do artigo em video
Rita de Cássia Pereira Fernandes
Pós-doutora em Epidemiologia na Erasmus MC University, Roterdam, Holanda, por meio do Programa de Estágio Sênior no Exterior - CAPES. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (1987), mestrado em Saúde Comunitária, com área de concentração em Epidemiologia, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA, 1998) e doutorado em Saúde Pública/Epidemiologia, pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (2004), com estágio no exterior, bolsista da CAPES, na McGill University, Montreal-Canadá. Atualmente é professora associado III da Faculdade de Medicina da Bahia da UFBA, atuando como docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho. Tem experiência na área de Saúde Coletiva desde a Residência em Medicina Social, com área de concentração em Saúde do Trabalhador, concluída em Fev/1991. Desde a Residência Médica, atuou na área da Saúde do Trabalhador, como médica assessora no Sindicato de Trabalhadores do Ramo Químico e de Petróleo/Sindiquímica/Sindipetro (até 2006) e médica no Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (CESAT/SUS) - no ambulatório de doenças relacionadas ao trabalho e, em seguida, coordenando a Vigilância em Ambientes de Trabalho (até 2007). Tem se dedicado à pesquisa em Saúde do Trabalhador e Epidemiologia Ocupacional, atuando principalmente nos seguintes temas: distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, acidentes de trabalho, vigilância em saúde do trabalhador, e hipertensão arterial e trabalho. Autora convidada. Email: ritafernandes@ufba.br.